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sábado, 14 de maio de 2011

MAIS CURIOSIDADES SOBRE O MAROLO

NOME INDIGENA: O nome indígena é “Ariticum”, vem do Tupi e significa “fruta mole” outro nome utilizado é “Marolo” expressão que indica a fraseologia “cabeça-de-negro”.

Origem: Tanto o Ariticum de moita como o Marolo nativo dos cerrados brasileiros e sua distribuição é descontinua, aparecendo nos Campos abertos, no cerrado de árvores arbustivas e no cerradão onde a vegetação é mais densa, ocorrendo desde Goiás e Tocantins até o estado de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Brasil.

Características: A Arvore do Marolo cresce até 10 metros, tem tronco tortuoso de 20 a 40 cm de diâmetro e casca pardacenta, sua copa pode atingir o chão. As folhas são alternadas, simples, com pecíolos (haste ou suporte) de 6 mm de comprimento; tem textura coriacea (rija como couro) e medem de 5,5 cm a 13 cm de comprimento por 3,5 cm a 10 cm de largura; já o Ariticum de Moita é um arbusto com altura de 1 a 2 metros, ramificado deste o solo, formando moitas ou touceiras de 60 cm a 80 cm de diâmetro. As raízes tem xilopódio (grossa como cenoura) que armazena água e nutrientes. As flores de ambas as espécies são isoladas, axilares (entre folhas e galhos), medindo 2 a 3,4 cm de comprimento, com 3 sépalas livres e carnosas, com 6 pétalas internamente com cor creme-amareladas.

Plantado no Sitio Frutas Raras em: o Ariticum de moita foi plantado em fevereiro de 2001 e o Marolo foi plantado em outubro de 2.001. Ambas as espécies florescem desde 2.005 mais ainda não frutificaram.

Dicas para cultivo: planta subtropical, resiste a geadas de até – 3 grau, pode ser cultivada em todo o Brasil, em qualquer altitude; adapta-se a qualquer tipo de solo que seja arenoso e que drenem bem as águas das chuvas.

Mudas: Sementes são dormentes se forem secas, quando plantada logo, germinam em 60 a 120 dias. As mudas crescem lentamente e apreciam ambiente ensolarado para formação. A frutificação inicia-se com 5 a 7 anos, dependendo do solo e tratos culturais.

Plantando: Devem ser plantados a pleno sol num espaçamento de 6x 6 m para o Marolo e 2,5 x 2,5 para o Ariticum de moita. As covas devem conter 30% de areia e 20% de matéria orgânica muito bem curtida. A melhor época de plantio é em outubro a novembro. Irrigar com 10 l de água por semana nos primeiros 2 meses.

Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do tronco no caso do Marolo que é arbóreo; já o ariticum de moita deve crescer sem nenhuma interferência. Adubar com composto orgânico, pode ser 2 litros de composto orgânico para o Ariticum de moita e 8 litros para o Marolo + 50 gr de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a cada ano até o 4ª ano.

Usos: Os frutos são perfumados e de excelente sabor para o consumo in-natura.

Incentivo para plantar marolo

Típica do cerrado brasileiro, a fruta ganhou nomes curiosos em diferentes regiões: articum, araticum, cabeça de negro, pinha do cerrado ou simplesmente marolo, como é conhecida no sul de Minas Gerais. Aqui, algumas poucas árvores ainda sobrevivem em meio às grandes lavouras de café; Mas para evitar o risco de desaparecimento da fruta que é símbolo do cerrado sul mineiro, a Emater Minas está incentivando o plantio de sementes e mudas.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

SAIU NO G1: Marolo vira objeto de estudos da Universidade Federal de Alfenas

O objetivo é descobrir maneiras de conservação e aproveitamento da fruta. O marolo garante a renda de diversas famílias do sul de Minas Gerais.

Agricultores começaram a fazer a colheita do marolo em Minas Gerais. A fruta, também chamada de araticum e que garante renda para diversas famílias no sul do estado, virou objeto de estudo da Universidade Federal de Alfenas, que pretende descobrir outras maneiras de conservação e aproveitamento.
O milho é a principal fonte de renda no sítio da agricultora Maria do Carmo Alves. Mas nesta época do ano a lavoura divide espaço com uma fruta típica da região. “Dá para ajudar bastante nas contas da gente. Às vezes, a gente fica com uma pendência de alguma coisa para acertar e nesta época a gente liquida tudo, louvado seja Deus”, disse.
São cerca de 300 pés. Alguns são nativos e outros foram plantados pela agricultora, que pensa em aumentar a produção. “Já plantamos e vamos plantar mais. E estamos vendendo mudas também”, explicou Maria do Carmo.
O agricultor Elias Castilho, que também começou a colheita, escolhe com cuidado o fruto que precisa estar maduro. “O marolo está pronto para colher quando fica com abre as veias e amarela no meio. Entre uma veia e outra fica amarelado. A maioria do pessoal colhe o marolo verde”, esclareceu.
Segundo a Emater, não há como fazer um balanço da produção de marolo no sul de Minas Gerais. Durante muitos anos as árvores foram retiradas para dar lugar ao café. Aos poucos, elas vão sendo replantadas. Este ano, os pés estão mais carregados.
“O que aconteceu no ano passado foi um clima mais seco. Passamos o inverno bastante seco, o que propiciou o vingamento das flores do maroleiro”, disse Iraí Cássio de Souza, técnico agrícola da Emater.
O marolo amadurece entre os meses de fevereiro e abril. Nesse período, várias barracas são montadas na BR-491, em Paraguassu.
Apesar da importância econômica do marolo para muitas famílias da região, ainda são poucos os estudos sobre a fruta tanto do cultivo e da colheita como da forma de preparo. Por isso, essa fruta típica do cerrado foi parar no laboratório num projeto de pesquisa da Universidade Federal de Alfenas.
Os pesquisadores querem conhecer as formas de consumo e de conservação pós-colheita. “A partir dos resultados, a gente pode levar até o produtor e ele, junto com suas associações, organizar-se para poder viabilizar isso para o consumidor”, disse a nutricionista Flávia Della.
Muitas novidades estão por vir. Marolo em pó e desidratado são os primeiros passos para desvendar o potencial desta fruta de aroma marcante e sabor forte. “Isso é muito importante para a nossa cultura, para a nossa região”, completou Flávia Della.